Qual avaliação que o senhor faz desses seis anos e nove meses de administração?
Nas administrações passadas os funcionários não recebiam os salários em dia. O salário atrasado acaba atrapalhando toda a vida do servidor, porque ele não consegue honrar seus compromissos. Hoje tenho orgulho de dizer que a nossa folha está religiosamente em dia.
Mas é o único compromisso de campanha que o senhor vem horando?
Não. Fizemos a promessa de pagamento de salário em dia ainda na primeira eleição, em 2004, e muita gente não acreditou, pelo histórico de administrações anteriores. Além do pagamento em dia, estamos realizando diversas obras com recursos próprios.
Que obras são essas?
A construção e reforma de postos de saúde, levando atendimento médico e odontológico para a população, para os quatro distritos. Além disso, quando assumi em 2005, o município contava apenas com um ônibus para o transporte escolar, mesmo assim quebrado. Hoje são oito. E tem mais: o combustível que se “gastava” naquele ônibus, estamos usando nos oito.
Não é muito pouco para melhorar a educação no município?
Claro que sim. Por isso, investimentos na qualificação dos profissionais. Quem não se qualificou foi porque não teve força de vontade, as condições nós oferecemos. Hoje pagamos ao professor acima do piso nacional da categoria (R$ 1.187 por 40 horas semanais).
Todos recebem acima do piso?
Não. Alguns professores da zona rural ainda recebem menos que o piso nacional, são poucos. Mas todos os que se qualificaram estão sendo reconhecidos. Temos professores recebendo até R$ 5 mil. O professor valorizado passa o conhecimento com mais qualidade.
Com relação à estrutura dos prédios escolares, o que tem sido feito?
Há bem pouco tempo inauguramos uma escola moderna, no padrão do Ministério da Educação. Ela foi inaugurada no dia 7 de Setembro, no bairro da Pitangueira e até brincamos que os gestores das outras iam ficar com ciúmes. Hoje, os professores querem que os investimentos sejam feitos no mesmo padrão da Alberto Hage.
A sua relação não é nada boa com a Câmara. Sua coligação elegeu sete e hoje...
A nossa relação está um pouco estremecida, mas eu continuo atendendo todas as solicitações feitas em benefício da comunidade. Ainda contamos com o apoio dos vereadores Conceição Leite, Gilmário Costa e Fábio Almeida. A escola da Pitangueira mesmo foi pedido de um vereador.
Mas por que essa relação é ruim?
Eu atendo os pedidos que beneficiam o povo. Quando eles são em causa própria, infelizmente, não tenho como atender e aí enfrentamos todo tipo de perseguição, como ameaça de cassação. Não é a primeira vez que a Câmara tenta cassar meu mandato, que foi dado pelo povo.
Os repasses para a Câmara têm sido feitos em dia?
Todo mês, no dia 20, fazemos o repasse do duodécimo, de R$ 90 mil, para os nove vereadores. Nesses mais de 80 meses, não atrasamos um dia sequer.
Como está sua relação com os movimentos sociais e entidades?
Temos uma excelente relação, uma parceria muito grande. Gostaria de agradecer a parceiros como Rotary, Maçonaria, Legião Feminina de Combate à Tuberculose, dentre outras instituições que têm ajudado muito na nossa administração.
E a sua relação com o governo do estado?
É muito boa. Até demoramos um pouco para fazer essa parceria, porque tínhamos um compromisso com pessoas que conseguiram muitos benefícios para Itajuípe. Nessa fase já asseguramos alguns encaminhamentos. Já tive reunião com o vice-governador Otto Alencar e ele colocou o PSD à nossa disposição.
O que Itajuípe pode esperar nos próximos meses?
Muito trabalho, disposição e uma equipe competente, formada por pessoas honestas, comprometidas com o município. Temos obras para ser realizadas, como a creche de Pitangueira. Foi uma dificuldade, porque tivemos que reduzir o tamanho do campo de futebol em dois metros. Mas os desportistas acabaram beneficiados, porque o campo ganhará vestiário, arquibancada, alambrado, cabine...
Qual o investimento nesta obra?
Estamos investindo R$ 1.217.000 nessa creche. Outra obra importante é a construção de 245 banheiros em residências de pessoas carentes. Essas obras serão com recursos do governo federal. Já o campo com municipal.
Quais são as reivindicações para o estado?
Asfaltamento do acesso norte, do centro à BR-101, pedida através do deputado Edson Pimenta. Asseguramos através de emenda do deputado Cláudio Cajado a pavimentação do bairro Acácia Almeida (Nova Itajuípe), de mais de um milhão de reais.
E o esgotamento sanitário?
É um grande sonho. É uma obra que não aparece, mas é importantíssima. Só que é cara e tem que ser feita em parceria. O estudo para saber onde vai ser a lagoa de decantação está sendo feito por técnicos da Embasa.
Porque tanto tempo para o projeto sair do papel?
Desde 2006 estamos brigando pela obra e saímos na frente dos municípios da bacia do Rio Almada. E estamos incentivando os outros porque não adianta Itajuípe sozinha brigar para salvar o rio. Almadina e Coaraci já estão correndo atrás do esgotamento sanitário.
A saúde no município vai bem?
Temos profissionais em todos os postos e fazemos, autorizado pelo Tribunal de Contas dos Municípios, repasses mensais de R$ 30 mil para o Hospital Montival Lucas. A situação poderia ser melhor, se não tivéssemos precatórios de 2006 e empréstimos feitos pelos ex-gestores junto à CEF, que vão até 2018.
E a sua relação com os deputados e as eleições do próximo ano?
Estamos com os deputados Rosemberg Pinto e Cláudio Cajado. Rosemberg faz parte da base e Cajado está indo, o que ajudará na atração de obras para o município.
Já pensou na eleição do ano que vem?
Vamos anunciar o nome do candidato do grupo durante a convenção. O nome da nossa candidata nem foi lançado ainda e dizem que ela aparece em segundo nas pesquisas. Isso é um ótimo sinal. Quando venci a primeira eleição, comecei com 2% e meu nome estava na rua por muito tempo.
Fonte:http://www2.uol.com.br/aregiao/entrev/e-mdantas11.htm
